A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) realizaram uma operação que investiga um suposto esquema nacional de cobrança de mensalidades associativas não autorizadas que teria descontado de aposentados e pensionistas cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
De acordo com as investigações, pessoas suspeitas, ligadas a organizações da sociedade civil, eram os agentes que cobravam mensalidades irregulares, descontadas dos benefícios de aposentados e pensionistas, sem a autorização destes.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta quarta-feira (23/04) que aposentados e pensionistas foram "vítimas fáceis" de criminosos que se apropriaram de parte de benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Lewandowski deu a declaração durante entrevista coletiva sobre a operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) realizada nesta quarta-feira, por volta das 11:00h, contra fraudes no INSS.
Após a deflagração da operação, o governo federal anunciou a suspensão de todos os acordos de cooperação técnica que permitem que organizações da sociedade civil cobrem de aposentados e pensionistas mensalidades associativas descontadas diretamente dos benefícios pagos pelo INSS.
Em razão da repercussão negativa do fato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou nesta quarta-feira (23/04) a demissão do presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, confirmou a Secretaria de Comunicação Social do Palácio do Planalto. Ele é um dos investigados da Operação Sem Desconto, que a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram na manhã de hoje.
A demissão deve ser efetivada pelo Ministério da Previdência Social, ao qual o INSS é vinculado.
Mais cedo, a Justiça Federal já havia determinado o afastamento cautelar de Stefanutto e de outros cinco servidores públicos.
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