Certamente o prefeito Robério Oliveira está conversando com o seu grupo sobre as medidas de impacto que a sua gestão poderá adotar nos próximos dias para mostrar que sua marca realmente está de volta. São medidas que a opinião pública considera urgentes. O quarto mandato tem pela frente alguns pontos cegos que o chefe do Executivo deve visualizar com alguma prioridade, sob pena de repetir erros do passado e ver sua gestão taxiar sem decolar neste novo período. Dando um basta nas ações sem planejamento, o novo prefeito já teria um bom começo.
No campo político, agora mais experiente, Robério tem a opção de definir desde já as metas políticas com o seu grupo no sentido de obter sustentabilidade para a administração, bem como para empreender ações visando já as eleições do próximo ano, inclusive questionando e revendo alinhamentos, tendo em vista a necessidade de fortalecer a ligação com o governo do estado e o governo federal.
Na mesma toada outra prioridade é estabelecer uma relação pragmática com a Câmara de Vereadores, aproveitando o começo promissor com a eleição de Valdiran Marques para a presidência do Legislativo, um dos seus aliados políticos mais fortes. A aprovação urgente da reforma administrativa, que acontece no início de toda administração e que deve ser enviada já para a Câmara, será um primeiro teste. As ações não conclusivas listadas no gráfico, entre outras que se evidenciarão nos próximos dias, são o mínimo que a opinião pública preconiza junto a uma gestão consagrada pela quarta vez nas urnas.
Obtendo força política através de alianças que possibilitem mais sustentabilidade administrativa, Robério poderá partir finalmente em busca do destravamento dos recursos para as obras de saneamento básico, os quais já estariam disponíveis em bancos oficiais, sendo um objeto disparador de desenvolvimento, com repercussão em vários setores.
Observa-se que os desafios não param por aí. Em tese, para dar efetividade à sua administração desde logo, o novo prefeito de Eunápolis tem ainda pela frente medidas fortes a tomar, a exemplo da racionalização do orçamento municipal, comprometido pela administração anterior. Pode-se listar neste contexto os ajustes e definições relacionados à Saúde, com a definição do futuro do hospital regional, assim como a modernização da educação, cujas atividades precisam ser digitalizadas e seus processos de ensino ajustados ao município.
Certamente o novo prefeito de Eunápolis deve se debruçar na prancheta para efetivar medidas que já haviam sido ventiladas na sua proposta de governo em sua campanha eleitoral em relação à potencialização das ações da secretaria de Ação Social, as quais devem, afinal, ser enquadradas nas metas políticas e na nova visão administrativa do prefeito, neste particular com o apoio imprescindível e experiência da Primeira Dama e deputada estadual, Cláudia Oliveira.
Por último e não menos importante, está a discussão que a administração Robério-4 poderá startar sobre o transporte coletivo urbano de Eunápolis, cujos serviços estão há alguns anos muito aquém do que merece a população. Nessa discussão, aliás, o gestor poderá incluir o serviço de lotação, ainda hoje sem regulamentação definitiva. Robério-4 vai mostrar, afinal, quem manda no transporte coletivo da cidade, se é o estabelecido pela administração ou pelos arranjos eleitorais do passado?
Há quem afirme, considerando o tamanho da demanda do transporte coletivo em Eunápolis, que o serviço deveria ser totalmente gratuito, eliminando-se esquemas que já se provaram ineficientes, perigosos e caros para a população.
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