O secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), José Castro, afastou por 30 dias a diretora, Joneuma Neres, o diretor adjunto, Elton Rocha, e o coordenador de segurança do presídio de Eunápolis. O policial penal Jorge Magno Alves Pinto assumiu interinamente (por 30 dias) a direção da unidade. O presídio foi alvo de fuga de 16 internos na última quinta-feira, revelando fragilidades e levantando suspeita sobre o sistema.
Segundo o secretário da Seap, o objetivo é fazer uma intervenção no presídio para “assegurar a preservação da ordem, da regularidade e normalidade administrativo do complexo penal”. O afastamento da diretoria, segundo o secretário estadual teve a finalidade de garantir a imparcialidade nas investigações.
A medida administrativa determinada pelo secretário não tranquiliza a população de Eunápolis, cidade com 120 mil habitantes, cujo presídio fica praticamente em sua periferia. Líderes de associações de moradores da cidade temem que fugas como esta se repitam e ponham em risco a população do entorno da unidade prisional. Eles acham a intervenção insuficiente para coibir outras fugas.
O complexo em Eunápolis funciona em regime de cogestão do estado com a empresa privada Reviver. Em entrevista à Agência Brasil, na sexta (13/12), o presidente da empresa, Odair Conceição, disse que o ataque contra o complexo penal teve características inéditas pela violência como ocorreu. “É algo inédito na Bahia. Não se tem notícia de uma fuga orquestrada com o tamanho aparato de guerra”. Não houve feridos.
José Castro determinou a instauração de uma sindicância para apurar a ocorrência de invasão e fuga de presos na noite da última quinta-feira (12/12). Na ocasião, homens armados até de fuzis conseguiram entrar no presídio e abrir duas celas, de onde fugiram os 16 presos.
A Seap informou que trabalha de forma integrada com a Secretaria de Segurança Pública, em apoio à Polícia Civil nas investigações e também à Polícia Militar, que busca recapturar os fugitivos. Até este sábado, sem sucesso.
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