A economia brasileira perdeu nas últimas décadas o apoio de um dos seus mais promissores produtos agrícolas a partir da decadência da lavoura do sul da Bahia, principal produtora de cacau do planeta por quase um século.
Mesmo decadente, o cacau sempre foi uma resposta econômica positiva para a Bahia e o Brasil. O empreendimento que está em andamento neste momento no sul do país vai mostrar e confirmar essa perspectiva.
A derrocada e com ela a queda vertiginosa da economia baiana, fundada na cacauicultura, aconteceu da mesma forma que se dá uma queda de avião. Não foi apenas porque o piloto dormiu no manche, mas porque além disso, os motores pifaram e houve despressurização.
Diversas analistas atribuíram o problema da cacauicultura à vassoura de bruxa, uma praga tão incompreendida quanto destruidora. Entretanto, o contexto em que se deu o fundo do poço do cacau tinha ingredientes muito mais poderosos, capazes de destronar os frutos de ouro da Bahia.
O ambiente era o pior possível. Inflação gigante e invasão estrangeira que ia até as fazendas para comprar o cacau in natura e em dólar, para detonar o sistema cooperativista que mantinha a cacauicultura em pé há quase um século e destruir o princípio cooperativista que tornara a região sul da Bahia uma região rica.
Eis que o produtor de cacau que não se qualificou para os novos tempos que o futuro lhe impunha, simplesmente cedeu aos apelos do “mercado” e vendeu suas terras. Alguns simplesmente abandonaram as fazendas, ou plantaram nas áreas outras culturas desimportantes.
Foi preciso que o cacau que antes era conhecido apenas pelo paladar das suas amêndoas, vendidas in natura para os europeus, conquistasse paladares de outros continentes para se tornar indispensável em todo o mundo.
Nas últimas semanas a arroba de cacau foi vendida a R$ 900. Trata-se de um pico jamais imaginado pelo maior repórter da região sul da Bahia, o escritor Jorge Amado, o grande propagandista da lavoura cacaueira com toda a sua mitologia.
Tal ápice acontece por conta de empreendimentos corajosos que surgiram na última década para transformar o cacau, definitivamente, em um produto de consumo mundial. É assim que a imprensa especializada recebe a inauguração do “Cacau Park: a fantástica fábrica de felicidade”, na cidade de Itu-SP.
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Quem, no Sul da Bahia, testemunha a chegada de um empreendimento tão impressionante envolvendo o cacau, sabe como o fruto sofreu em crises para merecer um parque temático tão distante de Ilhéus, Itabuna, Camacã e demais.
Trata-se de um exemplar e corajoso investimento de R$ 2 bi, realizado pelo grupo Cacau Show em área de mais de 7 milhões de metros quadrados, semelhante à Disney (reservadas as proporções e tradições), com todos os atrativos para ser um grande e moderno parque de lazer. O projeto, que todo o país deve aplaudir, pode ficar totalmente concluído em 2027, para orgulho dos que acreditam nos frutos de ouro como produto de valor e resposta positiva para a economia brasileira, agora a partir de uma cidade paulistana.
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