Na tarde desta terça-feira (26/11) o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo da investigação sobre tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e determinou o encaminhamento do relatório final da Polícia Federal à Procuradoria-Geral da República (PGR).
Nas conclusões do relatório, a Polícia Federal indiciou 37 pessoas, apontando ainda a existência de grupo criminoso, com atuação por meio de núcleos, que teria adotado medidas para desacreditar o processo eleitoral, planejar e executar um golpe de Estado e abolir o Estado Democrático de Direito, “com a finalidade de manutenção e permanência de seu grupo no poder”.
De início as revelações da PF podem prestar grande contribuição para promover o retorno da população brasileira às reflexões sobre o país. O momento é oportuno porque a gravidade das informações trazidas pelo relatório precisa fazer seus efeitos imediatamente. O povo brasileiro e até boa parte dos simpatizantes do ex-presidente Bolsonaro, devem ler o relatório de 884 páginas para entender desde logo, antes do julgamento, o porquê de Jair Bolsonaro deve ser colocado no rol de pessoas nocivos ao Brasil.
Tal medida se faz necessária para que se possa conter a onda de produtores e irradiadores de fake News que continua a contaminar as redes sociais com informações falsas e criação de sofismas que induzem milhões a erros. Os brasileiros incautos, que acreditavam que havia um complô contra o ex-presidente, podem checar in loco um relatório que conseguiu reunir todas as provas sobre a nocividade de Bolsonaro.
Quando remove o sigilo dos autos enviados à Procuradoria Geral da República, o STF quer salvaguardar o direito da população de ter informação correta, sem influência dos fazedores de fake News, cuja influência começa desde o Congresso Nacional, com deputados usando os próprios recursos dos gabinetes para bancar as ilegalidades que se vê nas redes sociais.
À imprensa incumbe informar os fatos e jamais julgar quem quer que seja. É diferente daqueles que pensam que podem doutrinar um povo que está mais experiente do que nunca, em relação ao que é bom e o que é nefasto ao país. É por essa razão que se torna necessário conhecer os fatos e discutir todos os dias em todos os lugares o plano nefasto do ex-presidente de matar lideranças eleitas democraticamente, dominar o Brasil e subordiná-lo a interesses estrangeiros.
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