Em mais uma eleição com características de show midiático para o mundo, os EUA chegam ao dia principal da sua eleição presidencial, com Donald Trump e Kamala Haris disputando voto a voto a preferência dos norte-americanos. A imprensa brasileira, obediente aos ditames de Tio Sam, faz seu show particular para dizer aos brasileiros que todo o poder emana dos Estados Unidos da América e não do povo brasileiro.
De certa forma alguns meios de comunicação têm razão, na medida em que atribui o sobe e desce da economia brasileira e mundial às movimentações do capital norte-americano. Muita gente posta que Trump não dá a mínima importância ao Brasil, porque pé elitista. Outros reclamam que Kamala Haris não faz qualquer menção ao Brasil, mas que a maioria dos brasileiros votariam nela, porque ela se parece com mulheres nascidas no Nordeste do Brasil. Fato é que boa parte dos brasileiros adeptos do princípio “farinha pouca, meu pirão primeiro” querem mesmo que o Brasil se torne um estado norte-americano, porque assim a gente vira um povo chic, que fala inglês.
Caiado na reunião
A reunião entre Lula e os governadores brasileiros para tratar da segurança pública, a qual resultou na formulação de uma PEC a ser encaminhada ao Congresso para aprovação, trouxe de volta sentimentos que o Brasil conheceu no final dos anos 80 e que não tem saudade. Foram momentos das primeiras eleições para Presidente da República, quando os candidatos demnonstraram todo o seu ranço contrário `s coisas populares. Nesta reunião de agora, um dos destaques foi o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que disputou a eleição em 1989 pela antiga UDR. Bem no estilo UDR, ele foi à reunião para dizer que não iria à reunião. Mas teve mais: declarou que “...não vou botar câmera em policial meu...”, referindo-se a uma necessidade que vai se tornando imperativa no Brasil.
Trata-se de uma antecipação de posicionamentos visando a eleição de 2026, onde ele, [Caiado], deve ter batalha difícil contra os Bolsonaro, o governador de São Paulo, Tarciso de Freitas, o governador de Minas, Romeu Zema, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite e o próprio Lula. Mas Caiado tem ainda uma parede altíssima a impedi-lo: o influencer Pablo Marçal, que acaba de fazer ao Brasil a gentileza de esfacelar a direita raivosa.
Lamaçal europeu
Lamentável o que aconteceu semana passada e cidades espanholas. O grande volume de chuvas e de águas de rios, combinados com o vento poderoso que soprou sobre cidades tradicionais, causou tragédia com mais de 200 mortos, levando o governo espanhol a situação constrangedora, a exemplo da recepção feita pelos moradores no interior do país. O rei Felipe VI, a rainha Letizia Sánchez e o presidente valenciano (equivalente a governador), Carlos Mazon, foram atacados pelos moradores com pedras e lama, além de gritos de “assassino”, dirigidos ao rei. Tudo isso porque nunca houve enchente tão forte naquele país. A moral da história é que enchentes devastadoras, como essas, não são “privilégios” do Brasil: acontecem nas melhores famílias.
Desafios
Por falar em desafio, os novos prefeitos da região têm pela frente um osso duro de roer que é a questão da violência nos municípios. Embora os prefeitos entendam que segurança é coisa do governo do estado, está provado que sem a cobrança e a articulação do prefeito, nada funciona. Se não cobrar e não se envolver para a solução do problema, futuramente vão ter de entregar o poder aos criminosos.
Prisão de vereador
O vereador Adriano Cardoso está preso na cadeia pública de Eunápolis, do interior da Bahia, porque possuía uma arma ilegal em casa. Fopi por acaso que a polícia encontrou a arma com número de série raspado, enquanto cumpria uma busca e apreensão na casa do edil, determinada pela Justiça Eleitoral. Não se sabe qual a legalidade da busca e apreensão do Eleitoral e da própria prisão. Fato é que parece que o vereador teria futucado em coisas e fatos que os poderosos, ou supostos poderosos não toleram. Há quem diga que o vereador já esperava algo parecido como a prisão, uma retaliação esperada, tendo em vista os acontecimentos dentro da campanha eleitoral.
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