Um aluno de 14 anos provocou uma das maiores tragédias deste ano na Bahia, ao matar a tiros dentro da sua sala de aula, três dos seus colegas e logo após tirar a própria vida. Conforme a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), por volta das 17:00 da tarde de última sexta-feira, (18/10), no município de Heliópolis, distante 330 quilômetros de Salvador. De posse do um revolver, o estudante simplesmente levantou de sua carteira e disparou contra seus colegas: duas moças e um rapaz, todos com 15 anos de idade, foram as vítimas.
As motivações do crime ainda não foram reveladas pela polícia. O massacre ocorreu no Colégio Municipal Dom Pedro I, na zona rural do município, o povoado de Serra dos Correias. Em razão do fato, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, decretou luto oficial de três dias no estado. O governador determinou rapidez na apuração do caso e ofereceu apoio ao prefeito de Heliópolis, José Mendonça Dantas.
“Acabo de receber a triste e lamentável notícia da morte de quatro jovens, estudantes da rede municipal da cidade de Heliópolis. Meus sentimentos a todos os familiares e colegas dos estudantes. Determinei à Secretaria de Segurança Pública a imediata apuração do fato. Já estamos prestando o apoio necessário ao município e ao prefeito Mendonça através da estrutura do governo do estado”, escreveu o governador.
Componente da escalada da violência no estado, a tragédia de Heliópolis não acontece por acaso, tampouco pode ser vista como novidade ou fato isolado em termos de crimes com armas de fogo. Conforme as estatísticas nacionais a Bahia é um dos estados mais violentos da federação, abrigando os municípios mais violentos do Brasil.
Por meio de nota oficial, o Ministério da Justiça e Segurança Pública lamentou a tragédia e anunciou ajuda na investigação. "O Ministério está em contato com as autoridades locais para prestar todo o apoio necessário para a apuração do caso. Por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), o MJSP auxiliará os investigadores para que os fatos sejam elucidados o mais breve possível", informou a pasta.
O ministro da Educação, Camilo Santana, lamentou as mortes e pôs à disposição equipes de atendimento psicológico da pasta. “Liguei para o governador Jerônimo Rodrigues e para o prefeito Mendonça e coloquei o Ministério da Educação à inteira disposição, com envio da equipe de psicólogas especialistas em Psicologia das Emergências e Desastres, que compõem o núcleo de resposta e reconstrução de comunidades escolares após ataques de violência extrema”, postou Santana.
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