Um caso de corrupção e de desvio de servidores públicos descoberto em junho deste ano e que culminou com o afastamento de juízes e promotores públicos, tem novidades com a descoberta de novos detalhes. O Fantástico (Globo) do domingo passado (25/8), expôs detalhes preocupantes sobre a investigação que afastou os juízes suspeitos de agiotagem, corrupção e grilagem de terra na região de em Porto Seguro, distante 710 quilômetros de Salvador.
Os juízes afastados são: Fernando Machado Paropat, titular da 1ª Vara dos Feitos Relativos às Relações de Consumo, Cíveis, Comerciais e Registros Públicos; Rogério Barbosa de Sousa e Silva, titular da Vara da Infância e Juventude e Execução de Medidas Sócio-educativas; André Marcelo Strogenski, titular da 1ª Vara Criminal, Júri e Execuções Penais.
Conforme o Corregedoria-Geral da Justiça, o grupo, conhecido como “Liga da Justiça”, emitia documentos fraudulentos em que apareciam como proprietários de áreas que já tinham dono, tudo acobertado pelo Cartório local, que pertence a um dos suspeitos. Os três juízes afastados pela Justiça se tornaram proprietários de mais de 100 casas residenciais e terrenos de primeira linha situados em praias famosas de Porto Seguro, incluindo um Condomínio que os suspeitos estão construindo.
“Se o senhor tiver talvez entre 30 e 50 mil naquele negócio daquela taxa a dois por cento pra mim, se o senhor tiver é capaz de eu precisar”, diz o empresário Henrique Nolasco, apontado como operador do esquema em mensagem enviada ao juiz Fernando Machado Paropat.
Já a advogada de Henrique Daumas Nolasco afirma que ele não praticou os supostos ilícitos que estão sendo apurados e que ele é inocente, oferecendo seu depoimento à Corregedoria como testemunha.
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