Quinta, 05 de Dezembro de 2024
Publicidade

Operação cumpre mandados de prisão e busca e apreensão em Porto Seguro. Capitão da PM é preso

A pedido da Polícia Militar, o Ministério Público da Bahia investiga participação de capitão em esquema criminoso

24/07/2024 às 10h11 Atualizada em 24/07/2024 às 14h55
Por: Da Redação Fonte: Ascom MP-BA
Compartilhe:
Operação envolveu diversos órgõs de segurança pública
Operação envolveu diversos órgõs de segurança pública

Uma operação deflagrada na manhã desta quarta-feira, dia 24/07, cumpriu dois mandados de prisão preventiva contra duas pessoas, entre elas um oficial da Polícia Militar. Ambas são investigadas por integrar organização criminosa que cobrava valores e vantagens indevidas de empresários e comerciantes na região de Porto Seguro, para livrá-los de ações policiais. 

A ‘Operação Sordidae Manus’, cuja tradução significa “operação mãos sujas”, foi deflagrada por uma ação integrada do Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Sul), da Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP), da Polícia Militar, pela Corregedoria da Polícia Militar da Bahia (Correg) e pela Força Correcional Especial Integrada (Force/Coger).

Também foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nos municípios de Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália, Eunápolis e Ilhéus, inclusive na residência do PM e em sedes de empresas. Os mandados foram expedidos pela Vara de Auditoria Militar de Salvador e pela Vara Criminal da Comarca de Santa Cruz de Cabrália. O procedimento investigatório criminal, instaurado a partir de provocação da própria Polícia Militar, tramita na Promotoria de Justiça de Santa Cruz Cabrália.

Segundo as investigações do Gaeco, o oficial seria o "cabeça" da organização criminosa. Ele teria recebido valores indevidos de empresários, comerciantes, pessoas com litígios de terras e políticos locais de Santa Cruz Cabrália, Porto Seguro e outros municípios da região. Em troca do dinheiro, o PM teria retardado ou deixado de praticar seu dever funcional de policial, inclusive avisando aos comerciantes locais sobre operações da Polícia Militar, para evitar abordagens e possíveis apreensões e flagrantes contra os transgressores. O capitão é investigado por crimes de prevaricação, associação criminosa, corrupção passiva, concussão (exigir vantagem indevida em razão da função pública), ameaças, receptação, extorsão, lavagem de dinheiro, peculato, dentre outros. Comerciantes da região também são alvo de investigação, por crime de corrupção ativa.  

O material apreendido na operação será analisado pelo Ministério Público e em seguida enviado para ser periciado.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Lenium - Criar site de notícias